Oxumaré ou Oxumarê (do iorubá Òṣùmàrè) é a serpente arco-íris, de múltiplas funções. É o orixá da mobilidade e atividade. Uma de suas obrigações é a de dirigir as forças que produzem o movimento. Ele é o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore. Ele é o símbolo da continuidae e da permanência, ás vezes representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda (como o Uróboro europeu). Enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Se perdesse as forças, isto seria o fim do mundo.
Oxumaré é, ao mesmo tempo, macho e fêmea. Essa dupla natureza aparece nas cores vermelha e azul que cercam o arco-íris. Ele representa, também, a riqueza.
O bravum, embora não seja atribuído especialmente a algum orixá, é freqüentemente escolhido para a dança de Oxumaré e Euá. É um ritmo de andamento rápido, dobrado e repicado. Oxumaré, deus do arco-íris, deus-serpente, dança com movimentos ondulantes, atirando-se por vezes ao chão, imitando o bote da serpente.
Na Bahia, Oxumaré é sincretizado com São Bartolomeu. Festejam-no numa pequena cidade dos arredores que leva seu nome. Seus fiéis aí se encontram, no dia 24 de agosto, a fim de se banharem numa cascata coberta por uma neblina úmida, onde o sol faz brilhar, permanentemente, o arco-íris de Oxumaré.
Oxumaré é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacríficios para atingir seus objetivos. Suas tendências à duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógina de seu deus. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente. Não deixam de possuir certa generosidade e nçao se negam a estender a mão em socorro àqueles que dela necessitam.
Linha: Amor
Cor: No conga é representado com a cor branca, mas ele é as 7 cores do arco-ires.