sexta-feira, 24 de julho de 2009

Xangô

Na mitologia, é atribuído a Xangô o reinado sobre a cidade de Oyó, posto que consegui após destronar o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar.Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.
Xangô é pesado, íntegro, indivisivel, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da figura e das lendas sobre sua determinação, coisa que não é questionada pela maioria de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal.Ele é o Orixá do raio e do trovão. misticamente, o reio é uma de suas armas, que ele envia como castigo. Ninguém, porém, deve temer sua cólera como uma manifestação irracional.
Xangô tem fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contentas pessoais suas, presentes em algumas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente - a famosa balança da Justiça. Seu axé, portanto está concentrado em formação de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos a flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio orixá.
Outro lado saliente sobre a figura do senhor da justiça é o seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como orixá a figura que melhor se entende e prefdomina os espiritos e seres humanos mortos, eguns, Xangô é o que mais detesta ou teme. Há quem diga que quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência.

(texto extraído do livro Os Orixás, puplicado pela editora três)

Saudação: Kao-Cabecillê
Cor: Marrom
Linha: Justiça

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